Pin ups e Bichinhos!




Olá Pessoal! Tudo bem com vocês? Vocês sabem que aqui nas Pílulas nós lançamos um olhar mais específico sobre a história das pin ups. E hoje as Pílulas Pin Up estão uma fofura só!  Por que será que em muitas das imagens de pin ups de ilustradores de prestígio como Earl Moran, Gil Elvgren e Alberto Vargas, as pin ups aparecem docemente sensuais e acompanhadas em várias situações de gatinhos, cachorrinhos, peixinhos e outros pets? Pois essa é a nossa reflexão de hoje nas Pípulas Pin Up!


É importante contextualizarmos que o fim da Segunda Guerra Mundial, coincide com um período de glória para as pin ups. Consideradas símbolo nacional norte-americano, as pins ups são praticamente uma mistura explosiva de malícia, ingenuidade e até mesmo transgressão. Décadas depois, as feministas colocarão as pin ups como meros objetos sexuais.



Na ilustração de Edward Runci, a voluptuosa pin up se mostra sorridente,enquanto que o casal de peixinhos está se beijando. O olhar do observador não é focado nos peixinhos mas na bela moça da imagem. É importante destacar de que ela é sexy, mas é doce. As pin ups personificam a garota norte-americana, pode mostrar seus dotes físicos em decotes e fendas generosos, é desejável, mas continua sendo uma "moça de família". É essa dualidade que a deixa tão interessante. A pin up é socialmente aceita.



Na ilustração de Gil Elvgren a pin up brinca com o gatinho. Ao mesmo tempo, há a doçura da cena e a percepção da bela mulher retratada. Essa ambiguidade é típica das pin ups e a coexistência do erótico e do ingênuo, num mesmo personagem, Os gatos, vale lembrar, são associados em muitas escolas de pintura, a luxúria e a traição.


Como alguns autores apontam, essa ambiguidade é aceita porque a pin up, não é uma prostituta, é a garota americana comum, bonita, vigorosa, saudável, de seios fartos, pernas longas e sorriso encantador. 



Mas as pin ups são sexys, e têm consciência disso.  Na imagem acima, acompanhada de um chicote, a raposa aparece no canto esquerdo, matreira, como se soubesse das más intenções da vênus americana. Após a década de 40, elas aparecem também em muitos HQ´s, ás vezes ingênuas, e em outras manipuladoras, mas isso é assunto pra outra Pílula, pois o conceito de pin up foi se alterando ao longo da contemporaneidade.



A ilustração de Jules Erbit , como tantas outras que retratam as pin ups, nos oferecem  uma narrativa. Quem enviou o cachorrinho de presente? Por que? A doçura da cena não deixa o leitor desatento a camisola totalmente transparente da pin up.
A pin up é ambigua! E por isso não há problema algum em retratá-la ao lado desses pets tão fofinhos.

É essa Pílula Pin Up chegou ao fim e espero que tenham gostado. Quem quiser compartilhar esse post é só clicar no share (retângulo laranja ao fim da postagem) que abre a opção da rede social que você quiser). E não deixem de registrar os comentários de vocês! 

bjkas Paty Molina
Nada Fubanga: encontro de paixões, comunicação, arte, história, pessoas!



3 comentários:

  1. Muito bom o artigo Paty, realmente essa ambiguidade presente nas Pin Ups, traz um certo desconforto aos olhares menos atentos. Mas enxergar o mundo em preto e branco é um tanto monótono.... Um brinde as beldades, com sua sensualidade, cores, fantasias e humores. Beijo para ti.

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    1. Obrigada Ana! É exatamente por isso que as pin ups são tão interessantes, pela ambiguidade que carregam. Sem sombra de dúvida elas são mulheres poderosas!

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  2. Adorei as fotos e história ! Sensualidade na medida certa!

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